As profecias do fim dos tempos e do surgimento do quinto mundo

Os Hopi, uma tribo nativa americana, possuem uma rica tradição de profecias que preveem os ciclos da humanidade e da Terra. Eles acreditam que a história humana é dividida em eras-mundo, e que a transição entre elas é marcada por cataclismos globais, não como eventos aleatórios, mas como consequências do desrespeito da humanidade pela natureza e pelos ensinamentos do Grande Espírito.

Assim como os maias, os Hopi conceituam os ciclos do tempo como eras-mundo e eles acreditam que a raça humana passou por três mundos e modos de vida diferentes desde o início da criação e ao final de cada mundo anterior, a vida humana foi purificada pelo Grande Espírito, principalmente devido à corrupção, ganância e devido ao afastamento dos seus ensinamentos. Muitos anciões espirituais Hopi afirmam que estamos vivendo os últimos dias do Quarto Mundo e por mais de 60 anos, diferentes Hopis previram diversas mudanças na Terra que sinalizam a conclusão da era atual e o início do quinto mundo. O Primeiro Mundo foi destruído pelo fogo, o Segundo pelo gelo, e o Terceiro por um grande dilúvio, conforme narrado por muitas culturas. Atualmente, os Hopi acreditam que estamos vivendo os últimos dias do Quarto Mundo.

Os Nove Sinais e a Rocha da Profecia

Um ancião Hopi conhecido como Pena Branca listou nove sinais que indicam o fim do Quarto Mundo, eventos que, segundo a tradição, foram previstos há séculos:

  1. A chegada de pessoas de pele branca com “bastões de trovão” (rifles).
  2. “Rodas de fiar com vozes” (carroças, carros).
  3. “Feras enormes e estranhas” com chifres longos (gado).
  4. “Serpentes de ferro” cruzando a terra (ferrovias).
  5. Uma “teia de aranha gigante” cobrindo o mundo (internet, linhas de energia).
  6. “Rios de pedra” com miragens de água (rodovias de concreto).
  7. A morte da vida marinha devido a um “oceano preto” (vazamentos de petróleo).
  8. Jovens com cabelos longos que vêm para aprender os costumes nativos (movimento de contracultura).
  9. Uma “morada nos céus” que cai, produzindo uma “estrela azul brilhante”.

A Rocha da Profecia, um petróglifo no Arizona, visualiza o destino da humanidade. Ela mostra dois caminhos: o caminho superior, que representa o modo de vida materialista, e o caminho inferior, o caminho da paz e da harmonia. Os petróglifos preveem o “grande abalo da Terra” (as duas primeiras guerras mundiais) e a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial iniciada por nações que se desviaram da sabedoria. A rocha também ilustra uma “última chance” para a humanidade retornar à natureza antes que o caminho materialista se desintegre.

A Purificação e o Quinto Mundo

O fim do Quarto Mundo será marcado pelo dia da purificação, um período de grande provação que separará aqueles que vivem em harmonia daqueles que se deixaram levar pela ganância materialista. A chegada do Quinto Mundo será sinalizada pelo aparecimento da Estrela Azul Kachina (a estrela Sirius) nos céus. As profecias afirmam que abrigos físicos não garantirão a sobrevivência durante essa transição, pois o verdadeiro “abrigo” é um coração em paz. O conceito de Koyaanisqatsi (“mundo em desequilíbrio”) resume a condição atual da sociedade, que exige um novo caminho para a harmonia com a Mãe Natureza.

As profecias Hopi também mencionam o retorno do verdadeiro irmão branco, que trará consigo a suástica (símbolo de pureza) e a cruz celta, indicando a união de diferentes povos para a purificação da Terra.

Profecias de Outras Nações Nativas e o Sinal do Búfalo Branco

Outras tribos nativas americanas também compartilham visões semelhantes sobre o futuro. O líder Crazy Horse, dos Sioux Lakota, previu um tempo de escuridão e guerra, mas também viu seu povo dançando novamente junto com representantes de todas as raças, simbolizando uma futura colaboração global para restaurar o mundo.

O Búfalo Branco é um símbolo sagrado para muitas tribos, representando pureza e a confirmação de que as profecias estão se cumprindo. O nascimento de bezerros de búfalo branco em 1994 e 1996 foi visto como um sinal para que as nações se unam, estabeleçam a fraternidade e retornem a um modo de vida espiritual. Essas profecias, no final das contas, nos lembram que o futuro não é fixo, mas é moldado pelas nossas escolhas coletivas. Somos os guardiões da vida, e o equilíbrio da natureza depende das ações que tomamos para criar o mundo que desejamos.

Leitura:

-Frank Waters (1977). The book of the Hopi.

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