A música é um poder de força universal, um meio de condicionamento ativo que está constantemente moldando a nossa consciência. A música não é uma companheira passiva ou um meio de entretenimento, já que ela tem efeitos muito específicos sobre os nossos estados físicos, emocionais, mentais e espirituais. Nos tempos antigos, havia uma consciência mais ampla de como o som tocava em todos os aspectos da humanidade e poderia desencadear problemas de saúde e equilíbrio.
Quando ouvimos música, os ciclos rítmicos da música induzem as nossas ondas cerebrais a um estado sincronizado de sintonia e este estado de coerência facilita um nível mais alto de transferência de energia e informação. A carga emocional carregada pela música multiplica ainda mais os seus efeitos em nosso ser. Essas frequências se estabelecem no subconsciente e uma vez que atinge o subconsciente, o som, junto com seu pulso rítmico e mensagem molda a personalidade, o estado mental, o humor e a disposição de um ouvinte. A partir desse nível de subconsciência, a música então ressoa no reino metafísico, codificando a sua energia nas vibrações da alma, se solidificando finalmente no estilo de vida, moldando assim a realidade física.
Nesse sentido, as nossas realidades pessoais e coletivas são fortemente impactadas pela mensagem e pelas qualidades sonoras da música que ouvimos. Assim, embutido no som está um potencial infinito para ordem e caos, harmonia e desarmonia, concordância e discórdia, já que o som é um campo vivo de todas as potencialidades disponíveis o para nosso envolvimento co-criativo.
Leitura:
-Ted Andrews (1992). Sacred sounds: magic and healing through words and music. Llewellyn Publications.
– João Mendes & Ramiro Mendes (2017). Sound: the fabric of soul, consciousness, reality and the cosmos. Quantum World Enterprises, LLC.
-Trimble, M. & Hesdorffer, D. (2017). Music and the brain: the neuroscience of music and musical appreciation. Bjpsych International, 14 (2).