Os números são uma chave para as visões antigas da cosmogonia em sentido amplo, tanto espiritualmente quanto fisicamente, e para a evolução da atual raça humana. A sacralidade dos números começa com a grande causa primária, a mônada, seguido pela diade, que eram consideradas pelos antigos não como números, mas como pais dos números, já que o seu acasalamento, a fusão dos princípios de um e dois, do ponto e da linha, da unidade e da diferença dá origem a todos os princípios arquetípicos subsequentes revelados como números, simbolizados por numerais e vistos como formas na natureza.
A díade é a fonte e o fundamento da diversidade dos números e é também a fonte da multiplicação e da divisão; ela é a causa do movimento, da geração, da mudança e da alteração das coisas. O princípio fundamental da díade é a polaridade que é um dos 7 princípios herméticos que explica que em tudo existem dois pólos, ou aspectos opostos, e que os “opostos” são na verdade apenas os dois extremos da mesma coisa, com muitos graus variados entre eles.
Isso significa que a polaridade é a existência de um par de opostos distintos, mas iguais, que buscam se unir no desejo de retornar à unidade e estes não são realmente opostos, mas tendências que se fundem, ansiando por serem reunidos e equilibrados.
Leitura:
-Thomas Troward (1921). The hidden power.
– György Dóczi (1981). The power of limits: proportional harmonies in nature, art and architecture.
-Robert Lawlor (1982). Sacred geometry: philosophy and practice.
-Ruth Phelps (1984). The universe of numbers.
-Christopher Bamford (1994). Homage to Pythagoras: rediscovering sacred science.