Muitas tradições xamânicas acreditam existe uma realidade invisível que é dividida em três mundos separados: o mundo inferior, médio e superior, cada um com qualidades distintas, incluindo portais ou entradas particulares e uma paisagem reconhecível.
Durante uma jornada xamânica, o xamã entra em um estado alterado de consciência para viajar para esses três reinos do mundo espiritual interage diretamente com espíritos benignos e malígnos para abordar os aspectos espirituais da doença, realizar recuperações de almas, para obter informações divinas, ajudar os espíritos de pessoas falecidas a fazer a transição e realizar uma variedade de cerimônias para a comunidade. Nessas jornadas o xamã passa de uma região cósmica para outra através de um eixo central chamado de axis mundi.
O mundo médio é a dimensão espiritual do nosso mundo físico e é a porta de entrada para o mundo inferior ou o submundo, que é o lugar dos espíritos ancestrais, dos animais de poder, dos guardiões e dos guias espirituais. O mundo superior também é habitado por espíritos auxiliares, é bastante etéreo e as suas paisagens podem ser bem variadas, e alguém pose se encontrar em uma cidade de cristal ou simplesmente nas nuvens. Como os espíritos são geralmente invisíveis ao olho desavisado, uma parte importante do treinamento xamânico envolve adquirir o poder da “visão espiritual” pela qual os espíritos podem ser reconhecidos e qualquer um pode ser capaz de receber informações desses seres espirituais.
Leitura:
-Roger Walsh (1991). Shamanic cosmology: A psychological examination of the shaman’s worldview.
-Carl G. Jung (2002). The earth has a soul: C.G. Jung on nature, technology and modern life. North Atlantic Books.
-Sandra Ingerman (2008). Shamanic journeying. A beginner’s guide.
-Bright, B. (2009). The shamanic perspective: where Jungian tought and archetypal shamanism converge.
PODER DO EU SUPERIOR ® 
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