Sincronicidades | As mensagens do Eu Superior

A sincronicidade é definida como um princípio de conexão acausal, pelo qual eventos psicológicos internos, como um sonho, uma fantasia ou um sentimento, estão ligados a eventos do mundo externo por coincidências significativas em vez de cadeias causais. Essa conexão instantânea entre eventos externos (físicos) e internos (mentais) representaria um mecanismo fundamental do universo, operando a partir de um domínio oculto da existência.

O mundo físico se organiza ao longo de correspondências arquetípicas de significado que quebram a barreira entre o mundo e a mente e uma ordenação psíquica surge na aletoriedade, demonstrando a relatividade psíquica do espaço e do tempo. Os arquétipos são imagens com energia e vontade próprias e constituem a estrutura do inconsciente coletivo estruturando a matéria assim como a psique ao mesmo tempo e podem ser considerados como aquilo que imbui a matéria de significado, portanto eles são fatores psicóides.

O significado arquetípico em uma experiência de sincronicidade é expressa por meio de uma compensação inconsciente, que busca transformar o ego, um eu que nos guia em direção à totalidade ou para um caminho único de uma vida significativa. O arquétipo psicoide pode ser imaginado como uma camada mais profunda da realidade onde a psique e a matéria se encontram e se tornam indistinguíveis e os fenômenos sincronísticos podem surgir de ativações desse nível da realidade, chamada de unus mundus ou mente universal.

Leitura:

-Warren Colmam (2011). Synchronicity and the meaning-making psyche.

-Stanford Drob (2023). Jung on the meaning of life.

-Bernado Kastrup (2021). Decoding jung’s metaphysics.

-Roderick Main (2024). Meaning in synchronicity. Pari Perspectives.

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