A alquimia é uma das ciências mais antigas do mundo e é mais conhecida pela crença de que certos materias podem ser transmutados em ouro. Porém, a alquimia é fundamentalmente espiritual e a transmutação de chumbo em ouro é apresentada como uma analogia para transmutação pessoal, para a purificação e a perfeição.
Os alquimistas acreditavam que nenhuma transformação seja no laboratório, no corpo ou na alma poderia ter sucesso sem a presença de um ingrediente misterioso conhecido como a matéria prima, descrita como a „estrela“ ou a „centelha“ escondida dentro de uma substância. Essa força invisível é um campo de potencial puro que só pode surgir quando incorporado a uma „forma“.
A matéria prima, o estado original da matéria, é visto como sendo o estado da consciência original, o estado puro do qual todos os estados da consciência emergiram. Assim, para os alquimistas, a luz divina da mente única é a mesma luz que compartilhamos na consciência purificada, a força fundamental e a fonte última da criação em todos os níveis da existência.
Leitura:
-Robert Ambelain (2005). Spiritual alchemy.
-Hauck, D. H. (2010). Materia Prima: The Nature of the First Matter in the Esoteric and Scientific Traditions.
-Carl Gustav Jung (2012). Psicologia e alquimia Vol. 12. Editora Vozes; Edição: 6.
-C. C. Zain (2014). Spiritual alchemy. The hermetic art of spiritual transformation. light.org.