A origem misteriosa da energia de ponto zero

A energia de ponto zero (EPZ) é a menor energia possível que um sistema mecânico quântico pode ter. Ela é uma consequência do princípio da incerteza de Heisenberg, que afirma que mesmo à temperatura do zero absoluto, as partículas nunca estão completamente em repouso. A EPZ não apenas faz toda a matéria vibrar, mas também preenche o espaço vazio, transformando o “vácuo” em um plenum — um “mar de energia” com uma densidade comparável à energia nuclear. O universo pode ser visto como campos flutuantes contínuos, e a existência da EPZ nesses campos levou alguns cientistas a considerá-la como uma forma de éter, um meio onipresente que permeia todo o espaço.

Para o físico Nikola Tesla, o éter é o meio ressonante que atua como a força criativa subjacente à vida, enquanto o físico Paul Dirac sugere que o éter possui velocidades superluminais, o que explicaria fenômenos como o emaranhamento quântico, onde a comunicação é instantânea, independentemente da distância.

A Dinâmica do éter e as forças da natureza

O pesquisador Ken Wheeler propõe que o campo não existe no espaço, mas sim que o espaço existe dentro do campo. O éter é um meio não físico, sem massa, que existe em um estado de repouso (inércia) até que seja perturbado, momento em que se descarrega como força ou movimento. Essa descarga ocorre através de duas forças opostas: o dielétrico, que é contra-espacial e de natureza contrátil, e o magnético, que é espacial e expansivo.

Os efeitos físicos da energia de ponto zero foram demonstrados pelo efeito casimir, onde a força atrativa ou repulsiva entre duas placas no vácuo mostra que o espaço não é vazio, mas um mar de energia flutuante. A dieletricidade é a fronteira do éter, o plano que gera tensão e torque, e precede todas as outras modalidades na hierarquia de manifestação do éter. A gravidade, neste contexto, não é uma força independente, mas um subproduto das mudanças na energia do vácuo causadas pela presença da matéria. O magnetismo se origina no dielétrico e representa a sua descarga, sendo a única modalidade do éter a possuir dimensões espaciais. A interação dinâmica dessas duas forças cria o que os físicos chamam de espaço-tempo.

Geometria do vazio e o potencial da energia livre

A teoria de que o éter é a única coisa que realmente existe sugere que todas as partículas são ondas estacionárias que se fecham em si mesmas nesse meio energético. Segundo o matemático Buckminster Fuller, a geometria do ponto zero é um estado de equilíbrio vetorial, o ponto de potencialidade de onde todas as coisas emergem. A estrutura consiste em tetraedros que apontam para dentro (contração/gravidade) e para fora (expansão/eletromagnetismo), o que explica a expansão e contração do universo.

Alguns físicos acreditam que a energia de ponto zero é infinita, pois não há limite conhecido para o quão pequena pode ser uma vibração eletromagnética. Isso levou a especulações sobre a energia livre ou “energia ilimitada”, a capacidade de extrair energia diretamente do vácuo. Nikola Tesla profetizou que é apenas “uma questão de tempo” até que a humanidade consiga conectar suas máquinas à “engrenagem da natureza”, referindo-se a essa fonte de energia onipresente. A energia de ponto zero não é apenas um conceito abstrato; ela é a base onipresente da maquinaria da natureza e a fonte de energia mais abundante do universo, prometendo um futuro de possibilidades inimagináveis.

Leitura:

-Thomas Valone (2002). Harnessing The Wheelwork Of Nature: Tesla’s Science of Energy.

-Thomas Valone (2007). Zero point energy: the fuel of the future.

-Franco Ivaldi (2020). Concept of aether, quantum void, space & zero point energy.

-Thorp, K. E. et al. (2021). Aether, fields & energy dynamics in living bodies.

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