A cosmologia de Lira sugere que, no princípio, toda a consciência e energia estavam unidas em um Todo integrado. Esse Todo se fragmentou, criando as dimensões e a realidade dual que conhecemos. Esse evento é comparado à passagem de um raio de luz por um prisma, que o fragmenta em sete frequências. No universo, esse “prisma de Lira”, ou buraco branco, fragmentou a consciência em sete frequências vibratórias, dando origem à família galáctica. Essa fragmentação não apenas criou diferentes formas de consciência, mas também a própria matéria física, como estrelas e planetas.
O padrão básico de consciência que se fragmentou foi uma tríade: polaridade, seu oposto e o ponto de integração. O primeiro fragmento, que integrou suas polaridades, criou os Fundadores, também conhecidos como os “Eternos”. Esses seres imitaram seus pais e usaram a energia do pensamento para criar um corpo humanoide, baseado em carbono, como veículo para a consciência. É por isso que os Fundadores são vistos como o arquétipo do “pai”, supervisionando a evolução dos humanoides. Eles são frequentemente percebidos em estados alterados de consciência, com uma forma que lembra a de insetos louva-a-deus.
A primeira região colonizada após a fragmentação dos Fundadores foi a vizinhança da constelação de Lira, considerada o principal ponto de “nascimento” da raça humanoide.

As civilizações e o drama cósmico
A civilização de Vega, a estrela mais brilhante de Lira, foi a primeira a se desenvolver como uma espécie não-liriana, adotando uma orientação negativa de auto-serviço. Lira, por sua vez, é vista como o polo positivo. O conflito entre essas duas polaridades se manifestou de forma trágica no planeta Ápex, onde uma guerra nuclear levou o planeta a ser lançado para outra dimensão. Os sobreviventes de Ápex se tornaram uma nova espécie, os Zeta Retículi.
O conflito de polaridades continuou a se expandir, atingindo Sírius, uma das primeiras áreas colonizadas pelos liranos. A energia de Sírius, que é uma das mais utilizadas na Terra, representou uma tentativa de integração entre os polos opostos. No entanto, o conflito se expandiu para Órion, resultando em uma guerra de raças que durou éons.
A criação da humanidade na Terra
Um grupo de liranos, buscando criar uma cultura baseada na harmonia, escolheu as Plêiades para se estabelecer. Outro grupo, buscando um novo lar, encontrou a Terra, onde coexistiram pacificamente com uma raça de primatas em desenvolvimento. Esses liranos, conhecidos como Nefilim (“aqueles que vieram do céu”), alteraram geneticamente o DNA dos primatas, inserindo material de Pleiadianos e outros grupos extraterrestres.
O ápice desse projeto genético foi a criação dos protótipos humanos “Adão” e “Eva”, desenvolvidos para não conhecerem a polaridade. No entanto, o grupo dos Sirianos, que estava colaborando no projeto, discordou da filosofia de negar o livre-arbítrio à humanidade. Eles intervieram, dando aos humanos a oportunidade de escolher, um evento simbolizado na mitologia como a serpente. A decisão de buscar o conhecimento fez com que os humanos fossem expulsos da convivência aberta com os “deuses” e tivessem o conhecimento da “Árvore da Vida”, ou de sua herança divina, negado. No entanto, os Sirianos inseriram um código latente de DNA nas células humanas que seria ativado quando a humanidade começasse a se desenvolver espiritualmente, permitindo que os humanos “comessem” da Árvore da Vida por conta própria.

Os seres etéreos e o chamado à responsabilidade
Alguns seres que passaram pelo prisma de Lira decidiram permanecer em forma não-física e se sentiram atraídos para a estrela Arcturus. Eles escolheram existir como um serviço amoroso para aqueles em realidades mais densas, como a nossa. Esses seres etéreos se manifestam de acordo com o sistema de crenças de quem interagem, aparecendo como anjos para os religiosos ou como guias para outros buscadores.
Uma das lições mais importantes dessa cosmologia é que todas as verdades fazem parte de uma única Verdade, e a aceitação disso leva à unificação. O conhecimento sobre o passado da raça humana pode enriquecer nossas vidas, mas não deve ser usado para fugir das nossas responsabilidades como cidadãos da Terra e membros da família galáctica. Assumir essa responsabilidade e buscar a unificação da consciência é o caminho para acelerar nosso potencial e nos transformarmos.
Leitura:
-Keith Priest & Lyssa Royal (1989). The Prism of Lyra: An Exploration of Human Galactic Heritage.