A filosofia ocidental e a ciência dominante consideram a consciência como computacional, epifenomênica, acausal e ilusória, enquanto as abordagens filosóficas orientais e a física quântica consideram a consciência como uma característica intrínseca do universo, desempenhando um papel ativo. Como um correlato neural da consciência, o nosso cérebro representa um terminal de conexão com todo o universo através da dimensão quântica não local, onde a fonte de tudo isso começa com o conceito da „coerência quântica“.
Pesquisadores sugerem que dentro do cérebro, um bilhão de microtúbulos estão em constante estado de entrelaçamento entre eles, como se fossem instrumentos musicais tocando a mesma nota ao mesmo tempo. Esse é um caso típico de coerência quântica de objetos mesoscópicos descritos por apenas uma função de onda como se fossem apenas uma entidade. Portanto, o cérebro adquire exatamente o mesmo papel que o macrouniverso físico e causal, enquanto a consciência é um processo não-local capaz de se manifestar quando algumas condições particulares de coerência quântica estão presentes no próprio cérebro.
Desta forma, o universo é uma espécie de processo no qual o “corpo” da partícula responde às leis causais / locais da física, enquanto a “consciência” da partícula obedece às leis não locais provenientes do potencial quântico. Sob essa luz, o cérebro é uma espécie de “receptor de rádio” que permite ao universo se conscientizar através dos seus muitos terminais sensíveis. Caso contrário, sem a vida inteligente no universo, o mecanismo da consciência seria apenas mecânico.
Leitura:
-Di Sia, P. Mindfulness, Consciousness and Quantum Physics. University of Padova.
-Fritz-Albert Popp (2003). Integrative Biophysics: Biophotonics. Springer
-Van Lommel, P (2006). Near-Death Experience, Consciousness, and the Brain: A New Concept about the Continuity of Our Consciousness Based on near-death experience in survivors of cardiac arrest. World Futures, 62: 134–151
-Penrose, R. & Hameroff, S. (2011). Consciousness in the Universe: Neuroscience, Quantum Space-Time Geometry and Orch OR Theory. Journal of Cosmology, 2011, 14.
-Hameroff, S. (2011). The quantum mind. Pensamiento, 67: 641-659
-Teodorani, M. (2014). Entanglement and Quantum Brain. Congrès International de la Vision Intégrative de la Santé“, Nantes (France).
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