Cientistas sugerem que o nosso universo pode ser na verdade apenas uma pequena parte de uma estrutura muito maior chamada de multiverso. A interpretação de muitos mundos da mecânica quântica postula que todos esses universos infinitos coexistem não em um único espaço real, mas no espaço de probabilidade.
Implícita neste cenário está a possibilidade de que o cosmos inicial se expandiu exponencialmente em um processo chamado de inflação e algumas regiões teriam interrompido a sua rápida expansão mais cedo do que outras, formando o que é chamado de universos-bolha. Cada bolha emergiu da espuma cósmica de potencialidade e corresponde a um único universo e o nosso universo seria apenas uma dessas bolhas e, além dele, haveria infinitamente mais. À medida que cada mundo emerge da espuma do mar quântico, eles estão emaranhados como os ramos e raízes infinitos de uma árvore cósmica onde todos os resultados quânticos possíveis são realizados.
Uma vez que existe um número infinito de possibilidades, existe um número infinito de mundos. O universo em evolução teria permanecido um multiverso de todos os estados possíveis na ausência de um observador. É a criação da vida que evolui para um observador cuja mente impõe ordem a este sistema de todas as possibilidades, de tal forma que todas as inúmeras possibilidades colapsam em uma realidade.
Leitura:
-Robles-Pérez, S. (2009). Creation of Correlated Pairs of Universes in the Quantum Multiverse. Journal of Cosmology, 4: 678 – 692.
-Sidharth, B.G. & Rhawn, J. (2009). Different Routes to Multiverses and an Infinite Universe. Journal of Cosmology, 4: 641-654.
-González-Díaz, P. (2009). The Origin of Eternal Life in the Multiverse. Journal of Cosmology, 4: 775-779.
-Nomura, Y. (2017). The quantum multiverse. Scientific American, 316(6).